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Estud. pesqui. psicol. (Impr.) ; 18(1): 72-92, jan.-abr. 2018. tab
Article in Portuguese | LILACS, INDEXPSI | ID: biblio-982027

ABSTRACT

O presente artigo analisa resultados de uma pesquisa-intervenção, em que se investigou como as adolescentes em medida socioeducativa estrita de liberdade vivenciam os efeitos dos valores de gênero predominantes no sistema de justiça juvenil. Realizou-se uma Oficina de Gênero, com 10 encontros e 11 participantes do sexo feminino. Os posicionamentos que emergiram em diálogos, durante os encontros, foram analisados, chegando-se a quatro categorias: (a) (des)igualdade de direitos entre os gêneros; (b) estereótipos sobre o comportamento infracional feminino; (c) invisibilização da mulher; (d) impactos da lógica social repressiva sobre as adolescentes. Discute-se que: as adolescentes infratoras são objeto de um duplo estigma ­ como adolescentes em conflito com a lei e como pessoas do sexo feminino; os princípios garantistas e protetivos da lei não impedem que ocorra preconceito e discriminação de gênero, tornando as necessidades e perspectivas das adolescentes invisíveis ao sistema socioeducativo, onde persiste uma orientação para objetivos repressiva e sexista, que se converte em barreira para a igualdade de oportunidades de desenvolvimento humano, entre meninos e meninas.(AU)


This article reviews the results of a research intervention aimed to investigate how female adolescents in detention experience the effects of the gender values prevailing in the juvenile justice system. A Gender Workshop was held comprising 10 meetings and 11 female participants. The positions that emerged in dialogues during the meetings were analyzed and four categories were determined: (a) (in)equality of rights between genders; (b) stereotypes about female offending behavior; (c) women's invisibility; (d) impacts of repressive social logic on adolescents. It is argued that: female adolescent offenders are subject to double stigma - as adolescents in conflict with the law and as female persons; the guarantor and protective principles of the law do not prevent prejudice and gender discrimination from occurring, making the needs and perspectives of female adolescents invisible to the socio-educational system, where a repressive and sexist orientation persists, raising a barrier against equal human development opportunities between boys and girls.(AU)


Este artículo analiza los resultados de una investigación-intervención en la que se investigó cómo las adolescentes privadas de libertad por estar cumpliendo medidas socioeducativas vivencian los efectos de los valores de género que predominan en el sistema de justicia juvenil. Un Taller de Género se realizó con 10 encuentros y con la participación de 11 chicas. El análisis de los posicionamientos que surgieron en los diálogos, durante los encuentros, resultaron en cuatro categorías: (a) (des)igualdad de derechos entre los géneros; (b) estereotipos acerca del comportamiento delictivo femenino; (c) invisibilidad de las mujeres; e (d) impactos de la lógica social represiva sobre las adolescentes. Se discute que: las adolescentes infractoras son objeto de un doble estigma - como adolescentes en conflicto con la ley penal y como personas del sexo femenino; los principios de garantía de derechos y protección de la ley no impiden que ocurran prejuicios y discriminaciones de género, haciendo invisibles las necesidades y perspectivas de las adolescentes por el sistema socioeducativo, donde persiste una inclinación hacia objetivos represivos y sexistas, que se convierten en barreras contra la igualdad de oportunidades para el desarrollo humano, entre niños y niñas.(AU)


Subject(s)
Humans , Female , Adolescent , Adult , Women , Adolescent , Sexism/psychology , Repression, Psychology , Minors/psychology , Gender Identity , Juvenile Delinquency
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